Entre a Fragrância e o Mármore

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Texto por: fernanda orcioli

Na Felisa, a beleza não se resume ao que se vê. Ela habita superfícies, memórias, gestos. Está no perfume que envolve o corpo e também na matéria que o cerca. O mármore, presença silenciosa e firme, sempre esteve nos bastidores da marca — como base que acolhe, estrutura que sustenta, paisagem que molda o invisível. Há algo de coreográfico na maneira como uma fragrância repousa sobre a pedra: o contraste entre a rigidez fria e a delicadeza quente cria uma tensão que não se explica, só se sente.

Essa conexão não nasceu por acaso. Desde pequena, Fernanda aprendeu a observar o mundo com o olhar de quem sente. Em viagens com a família por marmorarias italianas, desenvolveu um fascínio quase intuitivo pelas pedras. Tocava superfícies como quem lê uma história. Via veios como caminhos. Imaginava cheiros para cada cor. E sem perceber, começou a unir o sensorial ao material — o que hoje se traduz na essência da Felisa.

Anos depois, encontrou no mármore não só matéria-prima, mas também o amor da sua vida. Seu encontro com seu marido, que se dedica à arte da marmoraria com a mesma reverência que ela dedica às essências, selou essa união de mundos. Ele trabalha com o que é sólido, permanente, ancestral. Ela, com o que é volátil, íntimo, invisível. O que os move é o mesmo gesto: transformar o bruto em beleza.

 

O mármore, com sua história milenar, carrega o mesmo tipo de beleza que um perfume atemporal: é íntimo, mas resistente ao tempo. Ambos evocam origem, memória e permanência. Não por acaso, fazem parte do mesmo ritual. Viver a Felisa é também viver com aquilo que atravessa o tempo. Uma casa onde perfume e pedra dividem o espaço com naturalidade, revelando que o verdadeiro luxo está naquilo que não se apressa..

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